E nas organizações…
Que explorações as organizações estão a fazer na direcção das Sociedades Regenerativas ?
Nas organizações estou a incluir, escolas, universidades, empresas, estado local e central, industria, serviços, hospitais, igrejas, ONGs, ecoaldeias, comunidades locais, movimento de cidadãos, i.e., todas as formas de organização humana para criar valor - chamo mundojogos (ou gameworlds) - distinção que tem origem no Possibilty Management.
Para maior clareza, vou usar os ‘4 sistemas operativos de sociedade’ que o Otto Scharmer identificou:
Sociedades tradicionais, de poder centralizado e estruturas hiearquicas
Sociedades de mercado, em que o mercado regula as relações e o foco está no retorno financeiro
Sociedades de impacto em que é a negociação entre stakeholders que regula
Sociedades regenerativas que são baseadas em ecosistemas em co-criação
Vou focar nos 3 últimos e para cada vou dar exemplos de práticas, exemplos de empresas que estão a usar e outras que podem ajudar na transição. Vou também listar as entrevistas que foram realizadas com as diferentes pessoas que podem ajudar.
Na minha análise, o grosso das organizações usa o sistema operativo das sociedades de mercado e, neste contexto é a inovação e a regulação que trás os temas ambientais, humanos e sociais para dentro da organização. Exemplos são a Mendes Gonçalves, Esporão, ou a Lipor. A Beta-i e a imatch, são alguns exemplos de empresas que tem suportado muitas organizações a fazerem esta mudança. Pessoalmente naveguei este nível com a Safira e a darwin.
Propostas metodologicas que podem ser úteis com este foco são:
Design Thinking criado pela IDEO que a Beta-i e o Pedro Rocha Vieira ajudaram a espalhar por Portugal (prototipagem e experimentação, em produto, serviços e processo, no contexto empresarial, social ou ambiental)
Lego Serious Play criado na Lego e que usa os legos e metodologias dialógicas como o dialogo socrático, para criar processos de transformação individual, de equipa e da organização; A Ana Umbelino foi uma das pessoas que ajudou a espalhar esta metodologia em Portugal
Search Inside Your Self criado a partir da Google é um trabalho focado no bem estar individual, introduz práticas de mindfulness, inteligência emocional, em equipa nas organizações. O Vasco Gaspar foi uma das pessoas que ajudou esta prática a se espalhar por Portugal
Entrevista com Vasco Gaspar, Deep U
Entrevista com Carlos Gonçalves, Mendes Gonçalves
Entrevista com Susana Freitas, Limpor
No contexto das Sociedades de Impacto, este sistema operativo vem se estabelecendo em Portugal e há organizações que começam a operar, no todo ou em parte, neste nível; as práticas abaixo incluem e transcendem as anteriores e podem ser usadas em qualquer um dos contextos. As B-Corps são deste contexto, bem como o Impact Hub, o IES Social Business School, a Casa do Impacto e o Portugal Inovação Social que tem ajudado muitas organizações a fazerem este caminho, bem como a rebundance da Livia Tirone, a NBI do Nuno Oliveira, e o Planetires do Sérgio Ribeiro. Outros exemplos de organizações são a Mindera, ou Food4Sustanability. Pessoalmente, foi a João Sem Medo que me permitiu navegar neste nível.
Liderança Criativa que a rebundance, da Livia Tirone, introduziu em Portugal e trabalha as dimensões atrás referidas, em formatos colaborativos e baseada na mudança sistémica
Natural Step desenvolvido na Suiça e que é uma prática de sustentabilidade que ajuda as organizações a mudar o seu sistema operativo, de uma organização de mercado para uma organização de impacto e mais além, foi introduzida em Portugal pelo António Vasconcelos
Barrett Value Center desenvolvidos nos Estados Unidos e introduzido em Portugal pelo Bernardo Teixeira Diniz, é uma prática que trabalha a transformação cultural das organizações
Inquérito Apreciativo é uma prática de senvolvimento organizacional, baseada em colaboração e apreciação que suporta os colectivos, equipas e organizações, nos processos de transformação cultural. Nasceu nos Estados Unidos e foi introduzia em Portugal pela Helena Marujo, Luis Neto, Joana Mendonça e outros.
Art-of-Hosting desenvolvido na Europa é uma metodologia de colaboração e participação para organizações que querem navegar a inteligência colectiva e envolver as pessoas na tomada de decisões e na co-criação dos processos organizacionais.
Sociocracia 3.0 é uma prática de governação de organizações, não hierarquica, circular e que faz uso da inteligência colectiva. Outro exemplo é a holocracia. Introduzida em Portugal pela Xana PIteira, Maria Rute, Diogo Cordeiro, Hugo Lopes e outros.
INSURE Hub desenvolvido pela Planetires e Católica do Porto desenvolve programas em sustentabilidade para as organizações, estimulado pelo António Vasconcelos
Entrevista com Nuno Oliveira da NBI e Constança Belchior da Lucida
Entrevista com Livia Tirone da rebundance e António Vasconcelos da Natural Step
Entrevista com António Vasconcelos, Natural Step, Planetires e INSURE Hub
Entrevista com Sérgio Ribeiro, Planetires
Entrevista com Helena Marujo, Psicologia Positiva, Inquerito Apreciativo, Catedra Unesco para a Educação para a Paz Global Sustentavel
Entrevista com Bernardo Teixeira Diniz, Barrett Value Center
Entrevista com Njiza da Costa, Art-of-Hostig
Entrevista com Xana Piteira, Sociocracia 3.0
Entrevista com Paulo Carvalho, Valueflow
E há um nível emergente que é o das sociedades regenerativas. As práticas que tem ajudado a tornar visível este ‘novo sistema operativo’ estão listadas abaixo e elas incluem e transcendem as práticas anteriores. As organizações que conheço mais avançadas neste contexto a ecoaldeia (biotipo) Tamera, Mertola Future Lab, Herdade do Freixo do Meio, Vale da Lama, Biovilla e a GoodMood, empresa que organiza o Boom Festival. Organizações como a Lucidam a value flow do Paulo Carvalho, a remontado do André Vizinho ou a Krisos, podem ajudar neste processo, sendo que o mais comum neste momento são as redes de pessoas individuais que tem explorado estas metodologias. Pessoalmente foi o Innovations for the Future, a Fundação Terra Agora e o Centro Ecológico Alcanforado que me permitiu abrir a porta a este nível.
Teoria U, uma teoria e prática de inovação social para a transformação social baseada em consciência, criada no MIT e introduzida em Portugal pelo Vasco Gaspar, Maria Daniel, por mim e outros.
Organizações Teal (ou integrais) nasceu do trabalho do belga Frederic Laloux e sistematiza práticas, desenhos e governação organizacional inovadores, que empoderam as pessoas e as equipas ao mesmo tempo que cuidam do bem estar individual, colectivo e da Terra.
Desenvolvimento Regenerativo é uma prática de desenvolvimento baseado nos Lugares e na interação com os ecosistemas, naturais e humanos. Introduzida em Portugal pelo Gil Penha-Lopes, Nuno da Silva e Constança Belchior entre outros.
Possibility Management é uma prática de desenvolvimento humano integral com foco na comunicação eficaz, trabalho em equipa, consciência emocional e energética, entre outros e que aponta na direcção de uma cultura responsável e regenerativa. Introduzida em Portugal pelo Diogo Ruivo, Vera ?, Joana Cruz e outros.
Dragon Dreaming é uma prática de colaboração e desenvolvimento de projectos/ mundojogos que nasceu na Australia. Em Portugal tem expandido através da acção do Virgilio Varela, José Soutelinho e outros.
Deep-u do Vasco Gaspar é uma prática de desenvolvimento humano integral, criada em Portugal, que tem sido usada em várias organizações para suportar a evolução das pessoas
Transição Interior do José Soutelinho é uma prática de desenvolvimento humano integral, criada em Portugal, que tem sido usada em várias organizações para suportar a evolução das pessoas
Entrevista com Maria Daniel, Presencing Institute (Teoria U)
Entrevista com Dunia Reverter, Organizações teal, Krisos
Entrevista com Nuno da Silva, desenvolvimento regenerativo e Lucida
Entrevista com Joana Cruz, possibility management
Entrevista com Virgilio Varela, Dragon Dreaming
Entrevista com Vasco Gaspar, Deep U
Entrevista com José Soutelinho, Transição Interior, Dragon Dreaming
Entrevista com Artur Mendes da Good Mood (festival Boom)
Entrevista com Filipe Alves da Biovila
Entrevista com Nita Barroca, Vale da Lama, Novas Oportunidades
Entrevista com Marta Cortegano, Mertola Lab, Associação Terra Sintropica
Os links para as entrevistas podem ser encontrados no seguinte ficheiro, em conjunto com muitas outras entrevistas - até ao presente 84+4.
Sublinho que estas metodologias podem ser usadas por qualquer organização em cada contexto e que a realidade é complexa e com muitas variantes, por isso é começar com o que ressoa mais em cada pessoa, em cada equipa, em cada cultura organizacional.
A Bambual Portugal tem uma coleção de livros sobre as sociedades regenerativas, muito dos quais focados em organizações como as Culturas Regenerativas do Daniel Whal ou a Liderança Regenerativa do Giles Hutchins e Laura Storm.
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