Os meus queridos amigos Gabriel e Vasco têm-me incentivado a escrever um livro. Até há poucos meses a minha resposta era, algumas vezes de estranheza, “não há em mim apelo a escrever um livro”, algumas vezes de deixar aberta a possibilidade “vou deixar aterrar em mim e ver o que emerge”, outras vezes de inquirição “um livro sobre… ?” E vinham possibilidades: sobre a economia da dádiva (ou do valor não material), sobre os mundojogos que emergem em Portugal e que estão a experimentar o ‘novo’ na direcção das sociedades regenerativas (que o Innovations for the Future vai tecendo as ligações), sobre a minha caminhada como empreendedor evolucionário, como construtor de mundojogos e como chego aos mundojogos regenerativos. Só para citar alguns exemplos.
Quando comecei a segurar o espaço, para a 4ª edição do Programa de Introdução às Sociedades Regenerativas, estimulado pelas pessoas que estavam a fazer o programa, e por um outro amigo, o Rui, veio o impulso e comecei a escrever um livro de suporte ao programa. A escrita foi fluída, em fluxo. E descobri um prazer que não conhecia, o de escrever. De repente todo o tempo que tinha livre era para escrever. O sentido de realização, a fluidez, a sensação de criação era incrível e nutria-me. Quanto mais escrevia mais queria escrever. Tudo parecia fazer sentido. O Universo. A Terra. A Vida. O meu Ser. A escrita alimentava-se a si própria. Impulso criador, evolucionário. A sensação é que o livro me está a ser ditado, eu era apenas canal. A minha MUSA acordou.
Partilhei com os amigos e veio mais estímulo, a curiosidade “estas a escrever sobre o quê ?”, “como é a experiência ?”; e livros que foram importantes para o processo, como o “E Se…” do Rob Hopkins (‘trouxe’ o Gabriel) e “Portugal a Primeira Nação Templária” do Freddy Silva (‘trouxe’ o Vasco). A inspiração dos programas, quer do “Introdução as Sociedades Regenerativas”, quer do Empoderamento Emocional” no ISEG e online foram estímulo e inspiração.
Não chegou a 3 meses e partilhei com o Gabriel o livro para feedback - o Gabriel é quem está a segurar o espaço da Bambual Portugal e eu quero que o livro seja editado pela Bambual, pelo Gabriel. O livro é um mapa, experiencial, a partir da minha experimentação e aprendizagem, para as Sociedades Regenerativas e para o que vejo emergir a partir destas, para o que pode ser uma evolução das Sociedades Regenerativas. O Gabriel deu-me feedback e desse feedback surgiu o impulso de escrever mais dois livros: um sobre a minha caminhada pessoal para chegar a este lugar de explorador de e para Sociedades Regenerativas e uma proposta de programa para Portugal poder seguir nesta direcção e potenciando as qualidades arquetípicas, a vocação, a essência deste Lugar, da sua vida e das pessoas que o co-criam. Talvez sejam 3 livros, talvez seja 1 livro com 3 partes. Veremos o que se segue. E a escrita continuou em fluxo e os livros a serem ditados; e a experiência cada vez mais incrível. Os meus corpos estão nutridos em particular o arquetípico.
No momento em que escrevo estas palavras terminei a escrita dos 3 livros, cerca de 4 meses após ter iniciado esta aventura. Terminei a escrita no Centro Ecológico Alcanforado (CEA), mundojogo que estou a co-criar. E iniciei a revisão. Trouxe-me alegria esta sincronicidade dado que o CEA é um centro para iniciação de jovens à idade adulta e às Sociedades Regenerativas - celebrei um ano deste mundojogo na edição de dezembro.
Uma das memórias que tenho de criança é estar com a minha avó paterna e a família a fazer os doces de Natal e a seguir todo o processo. Claro que as partes que mais gostava era de ‘rapar os tachos’ com a massa das bolachas e bolos e depois comer o resultado, em particular as broas e os bolos de mel, após sair do forno. E gostava de ver os tabuleiros a entrar no forno e depois ficar a ver cozer até estarem prontos. Este ritual anual era feito na casa da minha avó e depois na padaria local que se tornava comunitária naquela altura e as famílias iam lá cozer os seus doces. Era todo um acontecimento e, na prática, o ritual de início da celebração do solstício de inverno e da quadra do Natal - a minha avó era católica praticante.
Há livros no forno.
Programa PRESENCIAL (Carcavelos) de Empoderamento Emocional (4ª edição)
12 sessões com início a 18 de janeiro de 2025 às 10h (Sábados)
> Pré-inscrição em link
A cultura moderna valoriza, sobretudo, o intelecto e o corpo físico, em particular na sua parte estrutural e estética (ginásio). As emoções são vistas como algo que temos que tolerar (e.g. ‘é uma pessoa emocional’) e gerir (e.g. ‘tu precisas gerir as tuas emoções’). A cultura está a evoluir, sobretudo por necessidade - o caminho que fizemos até agora está a destruir as nossas relações e a nossa casa comum, o Planeta Terra. Precisamos de novos mapas para navegar (e co-criar) nas culturas que estão a emergir.
Como podemos usar os nossos sentimentos para co-criar relações e equipas (e organizações, mundojogos) extraordinárias, que servem a Vida e o Planeta Terra e que nos realizam como Seres Humanos ?
Um dos participantes no ISEG partilhou, sobre o programa que “"Fazer este programa de empoderamento emocional foi importante para mim. Aprendi a entender e a lidar melhor com minhas emoções, o que me ajudou a me sentir mais seguro e tranquilo no dia a dia. A experiência foi útil para melhorar as minhas relações e o meu bem-estar geral.”
> Para mais informações ver o link
No dia 11 de janeiro, Sábado, presencial em Carcavelos, vou fazer uma Oficina-Palestra sobre Empoderamento Emocional que serve de introdução ao programa, a saber:
A Patrícia Herdeiro entrevistou-me sobre o programa de empoderamento emocional. A entrevista pode ser vista no link.
Programa (online) de Introdução às Sociedades Regenerativas (5ª edição)
Inicia a 10 de fevereiro de 2025
Pré-inscrição em link
'Regeneração' é uma palavra muito em moda nos dias de hoje. O que quer dizer uma 'sociedade ser regenerativa' ? Porque é importante ? Como podemos criar sociedades regenerativas ? Quais os métodos/ práticas que estão disponíveis para nós, neste momento da humanidade, para podermos co-criar estas sociedades ? Como posso começar, em mim, na minha casa/ família, na minha empresa, na minha comunidade ?
Vamos explorar algumas destas questões em 6 sessões, online, de 1,5h.
>Para mais informações seguir o link
O Tiago da Value Flow foi um dos participantes na edição 4 e o seu testemunho foi “‘Introdução as sociedades regenerativas’ é um curso imprescindível sobre pensamento regenerativo e sua sistematização, um ritual iniciático de auto-confronto e desconforto epistemologico que marcará indelevelmente quem nele se empenhar e beber dos ensinamentos essenciais do Marco Abreu".
No link podem ver um video de ~15m, produzido pela Sofia Sequeira, a partir da pergunta, 'o que são sociedades regenerativas ?'
Como posso ajudar ?
Emociono-me ao ler-te e sentir o canal "Novo" que está a "Surgir-te".
A leitura deste(s) teu(s) próximo(s) livro(s) narrado(s) na primeira pessoa, possibilitará a tantos outros, perceber que há um Mundo-Outro por descobrir e que vale a pena procurar Ser-se.
Gratidão por teres acedido a escrever! 🙏🌱